Em um episódio que chocou e revoltou muitos, a suspensão de uma juíza por humilhação durante uma audiência trouxe à tona questionamentos sobre o comportamento ético e respeitoso no âmbito do judiciário. A magistrada, juíza substituta do Trabalho Kismara Brustolin, de Santa Catarina, exigiu que uma testemunha a chamasse de "Excelência" de forma repetida, criando uma situação constrangedora e desrespeitosa.
A cena ocorreu durante uma audiência comum, mas a atitude autoritária da juíza gerou indignação entre colegas de profissão, advogados, e até mesmo entre cidadãos que acompanhavam o processo. O momento em que a testemunha foi constrangida a repetir a frase "o que a senhora deseja, Excelência?" para que a juíza pudesse ouvir, rapidamente se tornou motivo de repúdio.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou a suspensão da juíza enquanto uma investigação mais detalhada sobre o ocorrido é conduzida. Em um comunicado oficial, o CNJ destacou que a conduta da juíza é incompatível com os princípios éticos e de respeito que devem nortear o exercício da magistratura.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se pronunciou sobre o episódio, enfatizando que a advocacia e a magistratura devem caminhar juntas em busca da justiça, e que atitudes de humilhação não condizem com a postura esperada de um membro do judiciário.
Este incidente reforça a importância de manter a integridade e a ética no exercício da justiça. O judiciário, como pilar fundamental da democracia, deve ser um exemplo de imparcialidade, respeito e equidade. Atitudes que humilham e desrespeitam as partes envolvidas, como a ocorrida durante essa audiência, representam uma vergonha para todo o judiciário e destacam a necessidade contínua de avaliação e aprimoramento do sistema.
A sociedade espera que casos como este sejam tratados com a devida seriedade e que as medidas adequadas sejam tomadas para garantir que a confiança no judiciário seja preservada. A suspensão da juíza serve como um alerta sobre a importância de zelar pelos valores fundamentais que regem o sistema jurídico, reafirmando que a justiça deve ser cega, mas nunca insensível.